quinta-feira, 21 de março de 2013

21 de Março - Hoje na História: 1933 - É criado o primeiro campo de concentração na Alemanha

A 15 quilômetros de Munique, Dachau recebeu mais de 200 mil detentos de 30 países


O campo de concentração de Dachau, criado em 20 de março de 1933, foi o primeiro criado pelo governo nazista alemão. Heinrich Himmler, chefe da polícia de Munique, descreveu-o oficialmente como “o primeiro campo de concentração para prisioneiros políticos”. Foi montado nas dependências de uma fábrica de munição abandonada, a cerca de 15 quilômetros ao noroeste de Munique, no sul da Alemanha.

Dachau serviu como protótipo e modelo para os outros campos. Tinha uma organização básica, com prédios desenhados pelo comandante Theodor Eicke. Dispunha de um campo distinto, perto do centro de comando, com salas de estar, administração e instalações para os soldados. Eicke ainda tornou-se o inspetor-chefe para todos os campos de concentração.

Dachau também serviu como campo central para prisioneiros católicos. De acordo com a Igreja Católica Romana, pelo menos 3.000 religiosos, diáconos, padres e bispos foram lá confinados. Em agosto de 1944, abriu-se um campo feminino dentro de Dachau. A primeira "carga" de mulheres veio de Auschwitz-Birkenau.
Nos últimos meses da guerra, as condições de Dachau pioraram. Quando as forças aliadas avançaram sobre a Alemanha, os nazistas começaram a remover os prisioneiros dos campos perto do front. Depois de vários dias de viagem, com pouca ou nenhuma comida e água, os prisioneiros chegavam extenuados. Muitos haviam morrido pelo caminho. A epidemia de tifo tornou-se um sério problema devido à superpopulação, precárias condições sanitárias, provisões insuficientes e o estado de fraqueza dos prisioneiros. Até o dia da libertação, 15 mil pessoas morreram e 500 prisioneiros russos foram executados.
Em 27 de abril de 1945, Victor Maurer, delegado do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, foi autorizado a entrar nos campos e distribuir comida. Na noite do mesmo dia, um transporte de prisioneiros chegou de Buchenwald. Somente 800 sobreviventes foram trazidos, dos aproximadamente 4.500. Mais de 2.300 cadáveres foram deixados dentro e em torno do trem. O último comandante do campo, Obersturmbannführer (Tenente-Coronel) Eduard Weiter, fugiu em 26 de abril.
Em 28 de abril de 1945, o dia anterior à rendição, Martin Weiss, que comandara o campo de setembro de 1942 até novembro de 1943, deixou Dachau juntamente com a maioria dos guardas e administradores do campo.
Maurer tentou persuadir o tenente Johannes Otto, ajudante do comandante Weiss, a não abandonar o campo, mantendo guardas para controlar os prisioneiros até que os norte-americanos chegassem. Ele temia que os prisioneiros pudessem fugir em massa e espalhar a epidemia de tifo.

Um dia depois, foi hasteada uma bandeira branca na torre do campo.







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